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METRO QUADRADO PARA ALUGUEL CHEGA ÀS MÁXIMAS EM SEIS CAPITAIS, DIZ ESTUDO

João Paulo - 12/01/2024 07:40

Depois de um estouro nos preços em meados do ano, o valor do aluguel residencial parece ter dado um alívio. Nos dados de inflação oficial do país, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o subitem teve alta de 3,21% em 2023, abaixo da média do indicador. A abrangência da pesquisa, contudo, deixa escapar as particularidades de um mercado de aluguel mais quente, nas principais capitais do país. Uma pesquisa do QuintoAndar mostra que a situação nas maiores cidades brasileiras não está equacionada.

No Rio de Janeiro, por exemplo, o famosíssimo bairro do Leblon ultrapassou os R$ 100 por metro quadrado no custo de aluguel pela primeira vez. A Vila Olímpia, em São Paulo, está próxima dos três dígitos, com R$ 95,30. O Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb estudou o mercado de seis das principais capitais do país. Além de São Paulo e Rio, estão na lista Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Brasília. Todas as cidades registraram no ano passado o maior valor médio do metro quadrado para aluguel desde o início da série da pesquisa, em 2019. O maior deles é o de São Paulo, com média de quase R$ 60. Veja a lista abaixo.

  • São Paulo: R$ 59,82 — alta de 9,47%;
  • Brasília: R$ 43,46 — alta de 12,24%;
  • Rio de Janeiro: R$ 39,09 — alta de 14,11%;
  • Curitiba: R$ 36,43 — alta de 21,03%;
  • Belo Horizonte: R$ 33,73 — alta de 22,88%;
  • Porto Alegre: R$ 32,12 — alta de 13,83%.

Há, contudo, uma mudança de ritmo de demanda. Segundo o relatório, a alta acumulada em 2023 é menor do que a registrada no ano anterior em metade das cidades. “A alta demanda, aliada a um movimento de recuperação pós-pandemia, fez os preços do aluguel dispararem em 2023. E o que se viu foi esses valores nas capitais subirem bem mais que a inflação no período”, diz Thiago Reis, gerente de dados do Grupo QuintoAndar. “Se tem assustado os inquilinos, o alento é que em boa parte das cidades já é possível ver um movimento de desaceleração.”

O principal fator é o ciclo de redução da taxa básica de juros, a Selic. Com juros menores, o consumidor fica mais propenso a entrar em financiamentos, aumentando o estoque de imóveis disponíveis para a locação. Ainda assim, o QuintoAndar projeta um ano aquecido no mercado em 2024.

Foto: Eduardo Pierre/g1

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