A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) expressou críticas nesta quinta-feira (11) em relação aos cortes nos limites de juros para o crédito consignado destinado aos beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo a federação, essa medida resulta na redução da disponibilidade de linhas de crédito direcionadas aos grupos considerados de maior risco, prejudicando, assim, os beneficiários.
“Fixar o teto de juros em patamar economicamente inviável, como tem ocorrido, acarreta prejuízos aos beneficiários do INSS que apresentam maior risco, caso dos aposentados com idade elevada e de mais baixa renda”, aponta o Febraban.
No mesmo dia, o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) aprovou de forma unânime uma nova diminuição nos limites para empréstimos consignados concedidos a aposentados e pensionistas. O teto foi reduzido de 1,80% para 1,76% ao mês. Para operações de cartão de crédito e cartão consignado de benefício, o limite passou de 2,67% para 2,61% mensais.
A Febraban ressalta que as reduções nos tetos, implementadas desde o ano passado, estão ocasionando uma situação em que as taxas praticadas não conseguem mais cobrir os custos associados à oferta de linhas de crédito. A entidade afirma que os beneficiários do INSS têm utilizado o crédito consignado para quitar dívidas, pagar contas, custear despesas médicas e adquirir alimentos.
Com a redução na oferta desse tipo de crédito, os aposentados estão sendo compelidos a buscar outras modalidades de crédito, que frequentemente apresentam custos significativamente mais elevados, especialmente para aqueles que estão com restrições de crédito.
Foto: Marcelo Casal Jr | Agência Brasil