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PERFIL NO “X” É HACKEADO E COTAÇÃO DO BITCOIN SOFRE MANIPULAÇÃO BILIONÁRIA; ENTENDA

João Paulo - 10/01/2024 07:20

O comecinho da noite desta terça-feira foi dramático para investidores de bitcoin, depois de um tweet falso ter provocado volatilidade de centenas de bilhões de reais no mercado em questão de minutos. O estopim para a oscilação —notável mesmo para um nicho avesso à estabilidade — foi uma postagem no perfil oficial no X (ex-Twitter) da Securities and Exchange Commission (SEC), órgão que fiscaliza o mercado de capitais nos EUA. A mensagem dizia que o órgão havia finalmente aprovado a listagem dos chamados ETFs “spot” (à vista) de bitcoin.

Esses são fundos listados em Bolsa e 100% investidos na moeda virtual, acompanhando em tempo real o preço do bitcoin. Até agora, os EUA só possuem ETFs de “futuros” de bitcoin, que investem em derivativos e não na criptomoeda em si. A expectativa de que a SEC aprove o ETF “spot” tem sido uma das razões para a escalada recente do bitcoin, com investidores prevendo que o nova categoria de fundo aumente drasticamente a demanda pela moeda.

Há pelo menos 11 propostas para a abertura desse tipo de ETF nos EUA — entre elas a da gestora carioca Hashdex —, e a expectativa é que a SEC dê sua autorização na quarta-feira. Por isso a mensagem no X pegou os investidores de surpresa, fazendo com que o valor do bitcoin saltasse de R$ 229 mil para R$ 235 mil em um intervalo de 5 minutos. “A conta do Twitter @SECGov foi comprometida, e um tweet não autorizado foi postado. A SEC não aprovou a listagem e a negociação de ETFs de bitcoin à vista”, disse o presidente da SEC, Gary Gensler, em tweet publicado em sua conta pessoal.

Depois disso, o bitcoin afundou para cerca de R$ 223 mil em poucos minutos, impondo uma variação de R$ 230 bilhões em valor de mercado entre 18h15m e 19h. Em outubro, outro tweet falso, dessa vez no perfil de um site de notícia, fez com que o bitcoin disparasse 10%. A notícia falsa dizia que a SEC havia aprovado o ETF “spot” de bitcoin da gestora BlackRock, que negou imediatamente a informação.

Foto: Pixabay

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