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BAHIA LIDERA NÚMERO DE CASOS NOVOS DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NA REGIÃO NORDESTE

LUIZA SANTOS - 10/01/2024 15:26

Problema de saúde pública, o câncer de colo de útero, também conhecido como câncer cervical, representa o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina do Brasil (atrás do câncer de mama e do colorretal). De acordo com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o país deve registrar 17.010 novos casos da doença em 2024. A Bahia, com estimativa de 1160 novos casos em 2024, é o estado da região Nordeste com maior número de novos casos da doença.

A principal causa do câncer cervical é a infecção persistente por determinados tipos de HPV (Papilomavírus humano), vírus transmitidos em relações sexuais sem proteção, principalmente o HPV-16 e o HPV-18, considerados de alto risco oncogênico.

“A realização dos exames preventivos de rotina, como o Papanicolau, é fundamental para prevenir o câncer de colo de útero”, afirma Airton Ribeiro, ginecologista e diretor médico da CAM. De acordo com ele, o exame é capaz de detectar não apenas o câncer em fases iniciais ou avançadas, mas até lesões pré-malignas que podem ser tratadas precocemente, evitando o desenvolvimento da doença.

O oncologista Fernando Nunes, da Oncoclínicas na Bahia, lembra que o câncer de colo de útero, apesar de ser o terceiro de maior incidência em mulheres brasileiras, é uma neoplasia prevenível. “A vacinação contra o HPV também é uma das principais aliadas na prevenção dos cânceres ginecológicos”, explica o especialista.

Ambos os especialistas concordam: o exame ginecológico preventivo, a vacina HPV e o sexo seguro (com uso de preservativo) são as principais medidas para prevenção do câncer de colo de útero.

Além da infecção pelo HPV, outros fatores podem facilitar a infecção e colaborar para o surgimento do câncer de colo de útero, como a iniciação sexual precoce, o tabagismo, a higiene íntima inadequada e a multiplicidade de parceiros.

A maioria das infecções por HPV regride espontaneamente entre seis meses a dois anos da exposição, especialmente em mulheres com menos de 30 anos, mas acima dessa idade é mais comum que as infecções sejam mais persistentes.

Foto: Reprodução

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