Nesta segunda-feira (8), o projeto que institui o Dia Nacional da Saúde Única foi publicado no Diário Oficial da União. A data deve ser comemorada anualmente, no dia 3 de novembro, “com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a relação indissociável entre as saúdes animal, humana e ambiental”.
O conceito Saúde Única foi sugerido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e através Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), reconhecendo que existe uma ligação entre o meio ambiente, as doenças dos animais e a saúde humana.
“A saúde humana também depende bastante do médico-veterinário e é isso que a sociedade começa a reconhecer com a sanção desta lei. É realmente uma grande conquista para nossa profissão, pois não cuidamos apenas dos animais, a Medicina Veterinária trata também de alimentos, do solo, da água, da saúde pública. Estamos presentes nos estudos de genética, nas vacinas das pandemias, nos remédios para doenças que circulam nos animais e atingem os homens (zoonoses) – e muitas outras áreas”, ressalta o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV/BA), Altair Santana de Oliveira.
De acordo com o presidente da Comissão Estadual de Saúde Única do CRMV/BA, o médico-veterinário, Eduardo Ungar, esta lei representa o reconhecimento da relevância das enfermidades zoonóticas para a humanidade e dos perigos da degradação ambiental rápida e irreversível, que pode causar danos cada vez maiores à saúde humana, levando a surtos, epidemias ou pandemias de zoonoses. “A Medicina Veterinária se coloca numa posição de vanguarda nessa luta e o reconhecimento desses profissionais como agentes fundamentais da Saúde Única é um avanço e ganho para toda sociedade”, concluiu.
(Portal A Tarde)
Foto: Winston/Agência Brasília
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