Após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira, 4, Ednaldo Rodrigues retornou a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Em entrevista a revista Veja, ele revelou quais serão as primeiras ações na volta ao cargo. A inscrição do Brasil no pré-olímpico que vale vaga nos Jogos de Paris e a definição do treinador da seleção principal. O nome forte nos bastidores é o de Dorival Júnior, do São Paulo.
Após ação do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Ednaldo Rodrigues foi afastado da presidência da CBF. O ministro Gilmar Mendes, do STF, decidiu sobre seu retorno a entidade máxima do futebol nacional, após as orientações da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Procuradoria-Geral da República (PGR). Rodrigues falou sobre a decisão e diz que espera resolver os problemas da Confederação o quanto antes.
“Neste momento, estou acompanhando minha esposa no hospital em São Paulo. Não sou advogado e não tenho condições de comentar decisões judiciais. O que posso dizer é que esta decisão encerra um período de instabilidade muito ruim para o futebol brasileiro. Meu foco agora é completar o mandato com mais diálogo para recuperar o tempo perdido”, pontuou Ednaldo.
Em outra parte da entrevista, Ednaldo fez uma avaliação sobre o cenário político na CBF após a intervenção da justiça. Com mandato válido até 2025, o gestor reafirmou que não irá concorrer a reeleição. “Um novo momento se inicia no futebol brasileiro. É uma oportunidade para olhar pra frente, construir a unidade, respeitando as diferenças. Buscarei diálogo com todos os atores e farei as mudanças necessárias, até a eleição em 2025, da qual reitero que não participarei”, disse. “Assumi este compromisso com minha família. Inclusive disse isto na própria assembleia que me elegeu. E tem mais, o Estatuto da CBF proíbe mais de uma reeleição. Assumi o mandato anterior e já tive a minha vez”, garantiu.
Foto: Thaís Magalhães / CBF