Em uma nova discussão entre o Executivo e o Legislativo, deputados e senadores consideram que a tendência é o Congresso rejeitar a medida provisória (MP) que retoma a tributação gradual da folha de pagamento das empresas e derrubar o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao dispositivo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que estabelece um calendário para que o governo empenha (reservar para pagamento) os recursos de emendas individuais e de bancadas estaduais.
Os Líderes da Câmara informaram que ainda não houve uma reunião para debater os assuntos, os trabalhos no Legislativo só voltam em fevereiro, mas analisam que tanto a MP quanto o calendário da LDO são “assuntos óbvios”, já que foram aprovados recentemente pelo Congresso, às vésperas do recesso. Uma liderança disse, sem se identificar, que o Congresso deve trabalhar para não receber o texto da medida da reoneração.
No Senado, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), vai reunir líderes partidários na segunda (8), ou terça-feira (9). Pacheco tinha como objetivo, era ouvir a opinião dos parlamentares mais influentes sobre a MP da reoneração, mas os vetos impostos à LDO também devem entrar nas discussões.
Pacheco já havia indicado ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em uma conversa reservada, que a medida provisória terá grandes dificuldades para ser aprovada no Congresso, mesmo que não seja devolvida à Presidência da República. O governo tenta reverter o quadro e estabelecer um canal de diálogo entre os parlamentares e o governo até fevereiro, quando o Legislativo retornará de recesso.
(Estadão)
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