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REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR TEVE DEFLAÇÃO EM NOVEMBRO, SEGUNDO IBGE

João Paulo - 12/12/2023 13:00

Em novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo IBGE, ficou em -0,17% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Foi a primeira e mais intensa deflação (isto é, queda média de preços), para um mês de novembro, na RMS, em cinco anos -desde 2018, quando o índice havia ficado em -0,31%. A Região Metropolitana de Salvador foi 1 dos 4 locais onde o IPCA ficou negativo em novembro, dentre os 16 investigados pelo IBGE. E apresentou o 3o menor índice do país, só acima dos registrados em São Luís/MA (-0,39%) e na RM Recife/PE (-0,29%).

No Brasil como um todo, a inflação ficou em 0,28% em novembro, e as maiores altas ocorreram na RM Rio de Janeiro/RJ (0,57%), em Campo Grande/MS (0,47%) e na RM São Paulo/SP (0,42%). A um mês do fim do ano, a inflação acumulada em 2023, na RM Salvador, está em 3,61%, voltando a ficar menor do que a nacional (4,04%), sendo a 4ª mais baixa do país. Nos 12 meses encerrados em novembro, o IPCA acumula alta de 4,01% na RMS e é o 5º mais baixo entre os 16 locais pesquisados, mantendo-se menor do que no Brasil como um todo (4,68%). O quadro a seguir mostra o IPCA para Brasil e áreas pesquisadas, no mês e nos acumulados no ano e nos 12 meses encerrados em novembro de 2023.

A  deflação registrada em novembro na Região Metropolitana de Salvador (-0,17%) foi resultado de quedas médias dos preços disseminadas por 6 dos 9 grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA. Os recuos mais intensos vieram dos artigos de residência (-0,99%) e da comunicação (-0,67%), mas, como estes são grupos de despesas que têm menos peso nos orçamentos das famílias, tiveram impactos menores no índice geral.

Por sua vez, as quedas que mais puxaram o IPCA da RM Salvador para baixo, em novembro, foram as verificadas em transportes (-0,41%) e saúde e cuidados pessoais (-0,36%). No primeiro caso, os combustíveis (-3,57%) tiveram a influência mais significativa, sobretudo a gasolina (-3,60%), item que, individualmente, mais contribuiu para a queda média do custo de vida, no mês, na RMS. O diesel (-5,00%) e o etanol (-1,68%) também recuaram, e foi importante, ainda, a retração verificada no preço dos consertos de automóveis (-0,95%).

Mesmo com essas quedas relevantes, o grupo transporte também teve os aumentos que mais contribuíram para segurar a deflação e puxar o IPCA da RMS para cima, em novembro: passagens aéreas (13,23%, o 2o maior aumento entre todos os produtos e serviços que compõem o IPCA) e ônibus urbanos (3,52%). Entre as despesas do grupo saúde e cuidados pessoais, o perfume (-3,57%) teve a deflação mais relevante, seguido pelos produtos para cabelo (-4,51%). Por outro lado, os planos de saúde (0,78%) seguiram em alta e foram uma das principais pressões inflacionárias do mês.

Voltando a apresentar deflação (-0,12%), os alimentos também ajudaram a segurar o IPCA de novembro na RM Salvador, sobretudo por conta das quedas no tomate (-16,58%, o maior recuo de preços entre todos os produtos e serviços que formam o índice), do leite longa vida (-4,27%) e da cenoura (-14,73%), entre outros. Mas alguns itens importantes no dia a dia, como a cebola (21,31%, maior aumento no mês), as carnes em geral (1,12%) e o arroz (3,77%) tiveram altas relevantes. Dentre os três grupos com aumentos no IPCA de novembro, na RM Salvador, o mais importante foi o das despesas pessoais (0,53%) puxado, sobretudo, pela hospedagem (4,13%). Em seguida veio habitação (0,03%), onde o gás de botijão (1,48%) exerceu a principal pressão de alta, em novembro.

Imagem de Steve Buissinne por Pixabay

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