A safra de soja da Bahia, alcançou 7,4 milhões de ton, no semestre de 2022/23 com excelentes números em produtividade, afirma o gerente do Agronegócio, Aloísio Júnior, em entrevista ao Bahia Econômica. Com grandes expectativas, a safra para o ano que vem poderá ser finalizada com resultados positivos, no entanto, os agricultores estão cautelosos, por conta da pouca chuva e o aumento das pragas.
“Conseguimos a média final, fechada em 67 sacas de soja, então no último ano foi considerada uma safra boa, excelente, assim como nos anos anteriores no estado da Bahia, onde mais uma vez alcançou um dos melhores índices de produtividade do país. Então isso originou, um grande número de toneladas no estado da Bahia. Fatores como tecnologia, agricultura de precisão, alguns aspectos para os fatores do solo e água, estratégias em biotecnologia, além do bom desempenho dos agricultores elevam o desempenho de produtividade”, destaca Aloísio.
No entanto, o gerente afirma que a única coisa que teve um aspecto negativo, foi o desempenho do milho, que teve uma queda bastante significativa. “Com essa queda, se deve pelos aspectos do problema com lagartas, algumas situações de manejo de lavouras, de certa maneira, afetou a queda”.
Para as perspectivas da safra de 2023/24, os produtores rurais estão bastante preocupados, principalmente com o fenômeno climático, apesar de que eles continuam otimistas quanto a produção.
“De certa maneira, já foi iniciada oficialmente, a partir o cultivo de soja começou no dia 08 de outubro, e as áreas de certa maneira, tiveram a autorização da defesa agropecuária para começar o plantio. Então de certa maneira, nós já temos 45% da área plantada de soja, onde a estimativa desse ano tenhamos uma área de entorno de 2 milhões dequitares”, afirma Aloísio.
De acordo com o gerente, o replantio das sojas está sendo feito, devido à falta das chuvas, de 4 a 8% da área. “Dessa maneira, nessa última semana, as chuvas retornaram a região, em mais de 15 dias de estiagem, e é uma preocupação, porque os modelos climáticos apontam de que certa maneira, as chuvas retornaram, porém haverá novamente um novo intervalo, com a ausência desse período chuvoso, e só irá retornar nos meados de dezembro”, explica.
Ele afirma que os produtores rurais vem adotando estratégias para minimizar os possíveis impactos, que já estão sendo esperados pelo oeste da Bahia, como fatores para regar o solo, produção direta na região, além de apostar no emprego da biotecnologia, não só de sementes, mas em produtos que facilitam o desempenho com excelência, para introduzir nas culturas das lavouras a média em curto prazo.
“Então de certa maneira, a ausência das chuvas vem impactando principalmente não pouca germinação da soja, tendo esse problema com o replantio, e também, a gente vem observando nas lavouras, o aumento populacional de pragas, principalmente porque altas temperaturas e falta de chuva, elevam a atividade dos insetos, e consequentemente, eles se alimentam mais, se reproduzem mais, e aumento o número de pragas nas lavouras”, ressalta o gerente.
“De certa maneira, são fatores adicionais que prejudicam os produtores rurais, mas de uma maneira geral, estamos caminhando próximos da área plantada, e a expectativa é que estamos otimistas para enfrentar essas adversidades”, finaliza Aloísio.
Foto: Ascom Aiba