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EM DISCURSO NA COP 28, LULA CITA SECA NA AMAZÔNIA E CICLONES NO SUL

João Paulo - 01/12/2023 09:00 - Atualizado 01/12/2023

Em discurso nesta sexta-feira (1º), na abertura da conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes, presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse que a Amazônia amarga uma das “mais trágicas secas de sua história”. Ele também citou que no sul, tempestades e ciclones deixam um rastro inédito “de destruição e morte”. “A ciência e a realidade nos mostram que desta vez a conta chegou antes”, afirmou.

No Amazonas, a seca atingiu ao menos 62 duas cidades e afetou o cotidiano de pelo menos 600 mil pessoas. A região Sul, por sua vez, registrou 71 dos 92 alertas emitidos ao governo federal nos últimos dez anos por conta desse fenômeno natural. De acordo com Lula, “a geração que destrói o meio ambiente não é a geração que paga o preço”. “O planeta já não espera para cobrar a próxima geração. O planeta está farto de acordos climáticos não cumpridos, de metas de redução de emissão de carbono negligenciadas, de discursos vazios. Precisamos de atitudes e práticas concretas. Quantos líderes mundiais estão de fato comprometidos em salvar o planeta?”.

O presidente declarou ainda que este ano é o mais quente “dos últimos 125 mil anos”. As fortes temperaturas são resultados das contínuas emissões de gases com efeito de estufa, combinadas com o El Niño, que aquece as águas superficiais no leste do Oceano Pacífico.

A conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU) — que deve durar duas semanas — é um evento que reúne governos do mundo inteiro, diplomatas, cientistas, membros da sociedade civil e diversas entidades privadas visando debater e buscar soluções para a crise climática causada pelo homem. Lula também disse que “é hora de enfrentar o debate sobre o ritmo lento da descarbonização do planeta e trabalhar por uma economia menos dependente de combustíveis fósseis”.

O assunto também foi comentado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, que falou não ser possível salvar o planeta com altas temperaturas “com uma mangueira de incêndio de combustíveis fósseis”. Só será possível parar (as altas temperaturas) se pararmos de queimar todos os combustíveis fósseis. Não reduzirmos. Não diminuirmos”, afirmou. Os combustíveis fósseis também são tema da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+), que confirmou na quinta-feira (30) a entrada no Brasil no grupo.

A organização realizou reunião ministerial com participação do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. “A reunião deu as boas-vindas a Sua Excelência Alexandre Silveira de Oliveira, Ministro de Minas e Energia da República Federativa do Brasil, que aderirá à Carta de Cooperação da OPEP+ a partir de janeiro de 2024”, diz a nota da organização.

(Crédito: Reprodução/ONU)

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