Um levantamento feito pela Sofist (sofist.co), que monitora o desempenho de e-commerces durante a Black Friday e a Cyber Monday, apontou que problemas de lentidão e instabilidade custaram R$ 98,3 milhões às lojas virtuais em 2023. Esse valor é mais que o dobro (103,12%) do que o observado em 2022, quando a perda foi de R$ 48,4 milhões, e o segundo maior dos últimos 5 anos. Acima de 2023 está 2019, quando o estudo registrou R$ 132 milhões em perdas, em um cenário anterior à pandemia.
Realizado pelo sétimo ano consecutivo, o estudo contemplou o monitoramento de 104 lojas virtuais de 15 setores distintos, a partir das 22h de quinta-feira (23) até 23h59 de segunda-feira (27), período que engloba tanto a Black Friday quanto a Cyber Monday.
Segundo o monitoramento, o total de 35 e-commerces permaneceu 20 horas e 46 minutos fora do ar ao longo de todo o período, impedindo que os consumidores realizassem suas compras.
“Além da Black Friday desapontar em tamanho de demanda, a expectativa era de crescer 12,6% e na verdade houve uma retração de cerca de 15%, é espantoso observar que os e-commerces, em geral, não conseguiram se planejar para suportar uma demanda que se mostrou menor que a de 2022”, analisa Grace Libanio, Head de Negócios da Sofist.
Para quantificar o prejuízo, a Sofist considerou que um site estava indisponível quando era impossível navegar pela loja. Qualquer um dos seguintes fatores poderia causar uma indisponibilidade: problemas técnicos, como páginas de erro, uso de páginas de espera, também conhecidas como “tampão” ou “contingência”, e demora excessiva (timeout), quando o site não termina de carregar mesmo após 45 segundos do acesso inicial.
Segundo a empresa, durante a Black Friday 2023, a cada hora que um e-commerce fica fora do ar são perdidos R$ 4.734.193,52 em vendas.
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