Na noite desta terça-feira (28), a Câmara dos Deputados aprovou a urgência no projeto de lei que trata do marco regulatório da geração eólica offshore. Com isso, o texto poderá ir à votação diretamente em plenário, sem passar pelas comissões.
Esse projeto tem sido alvo de fortes críticas de entidades do setor elétrico e especialistas, que preveem um aumento de custos em até R$ 28 bilhões por conta de “jabutis” que foram incorporados à proposta durante a tramitação. Já o relator da proposta, deputado Zé Vitor (PL-MG), diz, ao contrário, que haverá redução de custos.
De acordo com a Frente Nacional dos Consumidores de Energia, que reúne diversas entidades do setor, o principal jabuti custará cerca de R$ 16 bilhões e se refere ao preço-teto do gás que será adquirido para suprir as usinas termelétricas em estados que não possuem gás canalizado, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
A construção dessas usinas foi tornada obrigatória durante o processo de privatização da Eletrobras. O problema é que não há combustível nessas áreas, e, agora, o custo para manter essas térmicas funcionando pode ser maior para os consumidores.
(O Globo)
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