A venda da Braskem está avançando e deve trazer entre seus desdobramentos um pedido para saída da Novonor, ex-Odebrecht , da recuperação judicial.
A nova oferta da Adnoc, estatal árabe do petróleo, de R$ 10,5 bilhões pela participação da Novonor na totalidade do capital social da Braskem é equivalente a R$ 37,29 por ação da empresa e pode avançar. Conversas estariam em andamento com a Petrobras em torno de um desejo da petroleira árabe para a composição de um controle compartilhado.
A proposta deixa a Novonor com uma participação de 3% assegura um pedaço da petroquímica capaz de lhe gerar dividendos garantindo fôlego financeiro e honrar compromissos financeiros com credores.
A venda da Braskem é considerada um passo importantíssimo para a Novonor para liquidar uma pendência de mais de R$ 15 bilhões e centrar maiores esforços na liquidação de outras dívidas.
A Novonor ainda encontra dificuldades para conseguir crédito, o que inviabiliza a recomposição de suas empresas e mesmo a construtora OEC, que não pediu recuperação judicial, não conseguiu a ampliação de seu estoque de obras e está renegociando neste momento um passivo, que na realidade não é seu, mas dívidas contraídas pelo grupo com garantia da OEC.
Após a venda da Braskem, um novo arranjo com credores é esperado, eventualmente por vias extrajudiciais.
A fatia da Novonor na Braskem está com cinco bancos: Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As informações são da coluna Broadcast.