Os segmentos da Engenharia, Logística, Tecnologia e Informação e Comercial devem ser os mais fortes para geração de empregos no nordeste em 2024. Os dados são do Guia Salarial da Robert Half. O setor de Serviços, Indústria, Saúde e Agronegócio também se destacam.
Os projetos em energias renováveis, como eólica, solar, hidrogênio verde, além de negócios em gás natural e petróleo, mineração e infraestrutura devem está com alta demanda no ano que vem. Os profissionais mais demandados são aqueles ligados às áreas do Planejamento financeiro, Análise Financeira, Contábil/Fiscal, Tecnologia, além dos Especialistas de Marketing (Dados e BI).
O Gerente de Planejamento Financeiro/Controladoria com especializações, certificações e habilidades relevantes ganhará em Salvador até R$ 23 mil para prestar serviços para uma grande empresa. O candidato que ainda estiver desenvolvendo habilidades, por sua vez, poderá receber até R$ 11,1 mil em um negócio de pequeno e médio porte. Já o salário de um especialista de BI na capital baiana vai variar entre R$ 10 mil a R$ 16 mil dependendo da qualificação e certificação, além do porte da empresa contratante. Da mesma forma, a remuneração de um Gerente Contábil/Fiscal pode ir de R$ 9,5 mil a R$ 21,7 mil.
Sobre as competências técnicas, as empresas nordestinas exigirão algo em comum dos seus candidatos: o domínio de uma segunda língua, o inglês, o que também será um diferencial em recrutamento de empresas com sedes em outras regiões brasileiras. Quanto aos modelos de trabalho (híbrido, presencial ou remoto), concluiu o levantamento, as empresas seguem em processo de adaptação, entretanto, percebe-se que para alguns profissionais este é um aspecto que interfere fortemente na avaliação de um novo desafio (flexibilidade x qualidade de vida).
Na região Nordeste, a Logística estará em alta em 2024, mas quando o estudo é ampliado para o nível nacional, esse setor não aparece como o mais promissor. Uma possível razão para isso, sugere Reiva Melo, executiva de vendas da Robert Half na Bahia, é que no setor há uma descentralização, na qual o território nordestino ganha força devido a movimentos como a ampliação de trechos de ferrovias, que ligam a região do agronegócio a grandes portos nordestinos; dentre outros fatores. “Por conta de uma alta dos preços em centros logísticos no Sudeste, estar na região é um fator que compensa”, avalia.
Falando especificamente da Bahia, Reiva afirma que, no estado, ainda há uma carência de profissionais qualificados, fator que se tornou o principal obstáculo para as empresas que buscam alcançar o sucesso. Esse gargalo não é exclusivo do território baiano, mas de toda região Nordeste, mas tem origem na migração de trabalhadores com bons currículos para grandes centros do Sul e Sudeste. (Correio)
Crédito: Cassio Narciso/Divulgação
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