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ARGENTINA PÓS-MILEI NÃO DEVE ROMPER COM O MERCOSUL, ESPECULA EMPRESÁRIOS E ESPECIALISTAS BRASILEIROS

LIZANDRA MUNIZ - 20/11/2023 17:08

A eleição de Javier Milei para a presidência da Argentina pode deixar dúvidas sobre o comércio com o Brasil, especialistas e representantes de vários setores da economia brasileira, que exportam para o país vizinho, não acreditam em uma ruptura, como o eleito disse durante a sua campanha.

O Brasil e o Mercosul são extremamente importantes para a Argentina e a possibilidade de rompimento do acordo é vista com ceticismo. A troca comercial (exportações e importações) entre os dois países é estimada em cerca de US$ 30 bilhões por ano, e o Brasil é o segundo maior parceiro comercial da Argentina, atrás apenas da China.

Segundo informações dos especialistas, problema dos argentinos é a falta de dólares, e será necessário atrair divisas internacionais para resolver esse problema.

Logo, a prometer de dolarizar uma economia com tamanho de US$ 630 bilhões (sendo o Produto Interno Bruto argentino) é impossível devido à escassez de divisas, segundo especialistas, o que poderia resultar em uma inflação dolarizada.

“Não acho que a Argentina sairá do Mercosul. Mesmo tendo a China como principal parceira comercial, o país vizinho precisa dos países da América do Sul que integram o bloco. Uma hipótese seria os chineses pressionarem os argentinos pela saída da Argentina para se beneficiarem disso. Mas aí fica inviabilizado o fechamento do acordo entre Mercosul e União Europeia, e o prejuízo é grande”, diz José Augusto de Castro, presidente, executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

(O Globo)

 

 

Foto: Divulgação.

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