Entre 2020 e 2021, dois dos três grandes setores produtivos baianos apresentaram crescimento em volume: agropecuária (7,3%) e serviços (4,2%). Por sua vez, a indústria teve uma segunda retração consecutiva (-1,6%) e mais intensa do que a verificada na passagem de 2019 para 2020 (que havia sido de -0,4%). Com o melhor desempenho (7,3%), a agropecuária mostrou um segundo crescimento seguido (já havia avançado 10,5% entre 2019 e 2020) e gerou um valor de R$ 34,1 bilhões em 2021. Com isso, a atividade teve também um segundo ganho consecutivo de participação, passando a representar 11,1% do valor adicionado total gerado na Bahia (PIB menos impostos), maior patamar em 17 anos – desde 2014, quando a agropecuária representava 13,1% da Economia baiana.
Os serviços tiveram o segundo melhor resultado em 2021, na Bahia (4,2%), mas não chegaram a compensar a queda ocorrida entre 2019 e 2020 (-6,9%). O setor gerou um valor adicionado bruto de R$ 196,8 bilhões e, embora continue representando a maior fatia na Economia do estado, seguiu perdendo participação no valor adicionado total do PIB baiano, de 67,4% em 2020 para 64,0% em 2021, o menor patamar em 16 anos – desde 2005, quando representava 63,0%. Já a indústria baiana apresentou uma segunda retração consecutiva em 2021 (-1,6%), mais intensa do que a registrada entre 2020 e 2021 (-0,4%), gerando um valor adicionado de R$ 76,5 bilhões. Apesar da queda em volume (descontados os efeitos dos preços), o setor foi o que mais ganhou participação no valor gerado pela Economia do estado (que incorpora os efeitos dos preços), saindo de 22,2% em 2020 para 24,9% em 2021.
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