Foi lançada nesta quinta-feira (16), a Aliança Brasileira de Combate ao Câncer de Pulmão, durante o XXIV Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, no Rio de Janeiro. A entidade é formada pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), a Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT), a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CRB), a Sociedade Brasileira de Radiologia e a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP).
De acordo com o médico oncologista clínico e presidente da SBOC, Carlos Gil Moreira Ferreira, o objetivo da iniciativa é mobilizar a sociedade no esforço de conscientização da relevância do diagnóstico precoce por meio de um conhecimento maior sobre a doença. Além disso, a ideia é influenciar tomadores de decisão no Ministério da Saúde e no Congresso Nacional a investirem em rastreamento e tratamento dos doentes.
O médico explica que a sobrevida de pacientes diagnosticados em níveis avançados passou de 9 meses para cinco anos. “Por outro lado, se a gente diagnostica os pacientes em estágio precoce, a curabilidade é acima de 80%. O desafio é realmente diagnosticar precocemente e não é difícil porque 85% dos casos estão relacionados ao tabagismo. Nos programas de rastreamento, baseados em tomografias periódicas, eles pegam a população de risco que deve ser acompanhada ao longo do tempo”.
O presidente da SBOC ressalta que é uma doença que pode ser prevenida com a diminuição do tabagismo. O Brasil passou de 30% de fumantes na população para 9% em 20 anos. “A gente está vendo um aumento da incidência de tabagismo em jovens devido aos cigarros eletrônicos que funcionam como uma porta de entrada para o tabagismo convencional. Já há dados sugerindo que os cigarros eletrônicos causam câncer de pulmão”, alerta Ferreira.
(Correios).
Foto: Rafael Neddermeyer.