O nível de inadimplência entre as micro e pequenas indústrias (MPIs) atingiu o menor índice do ano, com uma queda expressiva de 35% para 29% em relação ao bimestre anterior. É o que revelou a 9ª Pesquisa Nacional sobre o panorama das micro e pequenas indústrias brasileiras, encomendada pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria (SIMPI) e realizada pelo Datafolha, oferecendo uma visão detalhada do cenário econômico atual e destacando mudanças significativas e tendências para a micro e pequena indústria.
As micro indústrias lideram essa melhora, registrando uma queda de 33% para 25%. Por outro lado, as pequenas indústrias enfrentaram aumento de 1%, alcançando 50%.
“Essa queda na inadimplência é um sinal positivo para nossa categoria, refletindo a resiliência das micro e pequenas indústrias, apesar dos grandes desafios”, comentou Joseph Couri, presidente do SIMPI.
Quanto aos investimentos, houve uma redução de 17% para 13%, marcando o menor índice da série. A compra de máquinas e equipamentos foi o que puxou a queda do índice, com redução de 11% para 7%. Couri observou: “É crucial que as micro e pequenas empresas invistam com sabedoria neste período, focando em eficiência, inovação, competitividade e qualidade para garantir sua sustentabilidade e desenvolvimento contínuo”.
Expectativas e Contratações:
O cenário de expectativas revelou um aumento no pessimismo em relação à inflação. O cenário mais desfavorável para a inflação subiu de 34% para 44%. No grupo das micro indústrias, foi identificada uma preocupação crescente, passando de 35% para 44%, já entre as pequenas indústrias, o pessimismo aumentou, de 27% para 43%.
Apesar dessas preocupações, o índice de Contratação e Demissão das MPI’s permaneceu estável, atingindo 100 pontos, mantendo os empregos atuais.
Desafios na Contratação e Planejamento Empresarial:
A pesquisa SIMPI/Datafolha também revelou os desafios atuais na contratação de novos funcionários entre as MPIs. 21% das empresas afirmam ter vagas de emprego abertas que não conseguem preencher.
A qualificação da mão de obra disponível foi citada por 56% como o principal obstáculo na contratação de novos funcionários.
Quando perguntados sobre como os líderes das micro e pequenas indústrias definiriam o grau de planejamento que a empresa adota hoje para os negócios, 45% delas afirmaram que adotam estratégias de curto prazo, enquanto 34% optam pelo médio prazo e 17% pelo longo prazo. “Esses números refletem os desafios da sobrevivência em um ambiente econômico volátil. No entanto, é muito importante encontrarmos um equilíbrio entre a sobrevivência e os desafios, e uma visão estratégica a longo prazo para garantir o crescimento sustentável das empresas”, concluiu Couri.
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