A equipe do campus Malês da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, apresentou e está empenhada na criação da Universidade Federal-África Brasil.
Durante uma conversa com o Portal A Tarde, Mírian Reis, diretora do campus, afirmou que a iniciativa recebeu um grande apoio de organizações dos movimentos negros, sindicatos, artistas e parlamentares, tanto da Bahia quanto de outras localidades.
“A campanha de mobilização, desde a entrega da proposta à Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), tem se fortalecido, contando com o respaldo do ministro e de diversos parlamentares. A expectativa é a criação de uma nova Universidade Federal na Bahia, fortalecendo as atividades já desempenhadas pela Unilab, que, a partir de sua sede no Ceará, coopera com países africanos”.
Segundo Mírian, o objetivo é expandir para nações afro-diaspóricas na América Latina e Ásia, visando uma abordagem mais ampla e inclusiva, de acordo com à concepção de uma universidade pan-africana.
“A Bahia já tem uma história de relação com países africanos, não necessariamente falantes de português, por isso que a gente entende que o caminho da cooperação através da universidade pública é muito potente no estreitamento dessas relações com troca de tecnologia, de ciência, de inovação, de saberes, nos ajuda a nos entender como povo, esse povo que é maioritariamente negro e que ainda vive os dilemas do racismo, e nos ajuda a entender qual o papel da Bahia, do Brasil, nessas relações de cooperação também”, afirmou Mírian.
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