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PETROBRAS ESTUDA ENTRAR NA PETROQUÍMICA COMPRANDO A BRASKEM E ESTATAL ÁRABE FAZ NOVA PROPOSTA DE COMPRA

Redação - 13/11/2023 19:30 - Atualizado 16/11/2023

A Petrobras se movimentou em relação a Braskem e o diretor financeiro e de relacionamento com investidores, Sergio Caetano Leite, disse  na última  sexta-feira (10) que a estatal está avaliando a Braskem. O executivo explicou que a Petrobras estuda sua expansão no setor petroquímico, que em sua avaliação contribui para a transição energética.

“É um movimento lógico e estratégico das empresas integradas de óleo e gás de olhar para o setor. Para a Petrobras, o crescimento em petroquímica é relevante e é óbvio que a Braskem é um atalho, há complementaridade, mas não é a única saída para nós”, disse o executivo em teleconferência com investidores.

Já o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse, em entrevista à Bloomberg News, que a estatal abandonou política ‘irracional’ de venda de ativos e que comprar participação na Braskem é uma opção. A Petrobras está finalizando o plano de negócios para o período de 2024 a 2028.

Por outro lado, a proposta da Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (Adnoc) para a compra da Braskem agradou aos bancos credores da Novonor, que detém da 38,3% da petroquímica.  A Adnoc fez uma oferta não vinculante pela participação da Novonor na Braskem por R$ 10,5 bilhões. Apesar do valor ainda ficar abaixo da dívida dos bancos, que soma cerca de R$ 15 bilhões, dois fatores que melhoram as condições de pagamento em relação à primeira oferta feita em conjunto com a Apollo, segundo informa o portal Pipeline.

A estatal de Abu Dhabi propôs comprar o crédito que os bancos detêm contra a Novonor ao invés das ações dadas como garantia da dívida, às instituições financeiras.

A Adnoc propôs pagar 50% do montante à vista diretamente aos bancos credores, que detêm as ações da petroquímica como garantia da dívida. O restante seria pago por meio de um título de dívida com prazo de sete anos e retorno de 7,25% em dólar. Isso equivale a um pagamento de R$ 37, 29 por ação.

Segundo um banco credor, o pagamento pelo crédito traz uma vantagem tributária, além disso, os bancos veem risco menor de carregar um título de dívida para o restante do pagamento de uma empresa vista como sólida financeiramente. A Adnoc, agora, fará a due diligence.

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