A Braskem registrou ebitda recorrente de R$ 921 milhões no terceiro trimestre do ano, 31% superior aos três meses anteriores. Os resultados no trimestre refletiram os impactos do cenário de menor crescimento de demanda global, que permaneceu em níveis historicamente baixos, mas com melhora no volume de vendas no Brasil. Do ponto de vista operacional, a taxa de utilização de eteno verde no trimestre atingiu 108%, considerando a expansão da capacidade que foi concluída no trimestre anterior, em função da implementação de projetos de eficiência industrial. “A Braskem segue comprometida em manter a higidez financeira, ao mesmo tempo que tem o olhar voltado para o futuro, reforçando nossa posição de liderança mundial nos biopolímeros”, disse Roberto Bischoff, CEO da Braskem.
O contexto mundial manteve-se desafiador para a indústria. A demanda foi impactada pelo menor nível de consumo global, como resultado das elevadas taxas de juros e da pressão inflacionária, e pela desaceleração industrial das principais economias como Zona do Euro, China e Estados Unidos. Adicionalmente, a contínua entrada em operação de novas capacidades de polietileno (PE) e polipropileno (PP) nos Estados Unidos e na China impactou a oferta.
Nesse cenário, o aumento do ebitda recorrente do terceiro trimestre comparado com o trimestre anterior é explicado, principalmente, por: aumento do volume exportado e maior volume de vendas de resinas, no Brasil; e aumento no volume de vendas de PP, nos Estados Unidos e na Europa. Além disso, houve a retomada do Regime Especial da Indústria Química (Reiq) no Brasil. No trimestre, a Companhia seguiu implementando iniciativas de preservação financeira com a emissão de títulos de dívida no mercado internacional no montante de US$ 850 milhões, com prazo de sete anos. O perfil do endividamento da Companhia permanece bastante alongado e a posição de caixa robusta, suficiente para cobrir os vencimentos de dívida dos próximos 75 meses.
Em relação à tendência para a indústria química e petroquímica globais, ao longo do terceiro trimestre já se observa uma trajetória ascendente de alguns spreads no mercado internacional e a expectativa das consultorias externas é de recuperação dos spreads a partir dos próximos trimestres, refletindo-se em uma melhor rentabilidade da indústria nos próximos anos.
Foto: divulgação Braskem