Três das maiores montadoras do País, General Motors, Toyota e Volkswagen, publicaram em vários meios de comunicação do país uma carta aberta em que pedem a exclusão do texto que prorroga o prazo de incentivos fiscais para montadoras do Norte, Nordeste e Centro-Oeste para até 2032, ou seja, sete anos a mais do que o previsto. A Reforma Tributária está sendo votada nesta quarta-feira no Senado.
As empresas afirmam que o incentivo distorce a competitividade do setor pois, atualmente, beneficia de forma mais contundente o grupo Stellantis – que tem fábrica da marca Jeep em Goiana (PE) inaugurada em 2015. E também beneficiaria a BYD que constrói sua fábrica em Camaçari, na Bahia.
O incentivo está previsto para terminar em 2025 e a BYD dificilmente se instalaria no Nordeste sem ele.
As três fabricantes vêm afirmando que o incentivo de créditos de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) distorce a competitividade no setor, mas economistas da região discordam . “Os incentivos não são às montadoras, mas à promoção de um desenvolvimento nacional menos desigual” diz a economista Tânia Bacelar.