Um levantamento da LCA, a partir dos dados do Ministério do Trabalho e Emprego, revelou que mais de 7 milhões de brasileiros se demitiram voluntariamente no período de 12 meses até setembro. Essa é a primeira vez que o país chega a um número expressivo.
Em 2020, quando a economia foi abalada pelos impactos provocados pela pandemia da Covid-19, os desligamentos voluntários representavam 25,7% do total. Já em 2022, entre o público de 18 a 24 anos, chegou a 39% do total da faixa etária e representou 34% das demissões dos 25 a 39 anos, resultados bem acima do observado na faixa dos 50 a 59 anos (24%).
No Brasil, o movimento foi marcado, sobretudo, pelos mais escolarizados e jovens. Segundo estudos econômicos da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), apontam que 48,2% dos desligamentos envolvendo pessoas com nível superior, incluindo de graduados a doutores, foram voluntárias, contra 25,4% no grupo com ensino fundamental incompleto.
No ranking de profissões, as ligadas à área de Tecnologia da Informação lideram, com seis das dez funções com mais desligamentos voluntários: engenheiro de Aplicativos em Computação, analista de Desenvolvimento de Sistemas, administrador em Segurança da Informação, programador de Sistema de Informação, Engenheiro de Sistemas Operacionais em Computação e gerente de Projetos de Tecnologia da Informação.
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