A Black Friday está se aproximando e este ano está marcada para dia 24 de novembro. A data, que é tradicional nos Estados Unidos, no Brasil ganhou força e já movimenta a cadeia de geração de empregos do país, principalmente nos setores de vendas e logística. Além disso, se tornou também um dos eventos de compras mais esperados do ano tanto para os lojistas quanto para os consumidores.
A pesquisa nacional de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de outubro apresentou que a perspectiva de consumo nos próximos três meses cresceu 0,2% para as famílias com renda de até 10 salários-mínimos, após estabilidade em setembro. Entre os consumidores de alta renda (mais de 10 salários-mínimos), a propensão para consumir nos próximos meses avançou +0,5%, também após um setembro estável. A pesquisa nacional de ICF é um indicador antecedente do potencial das vendas do comércio, apurado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Mesmo com sinais moderados de otimismo, segundo o economista Eduardo Amendola, o comércio precisa estar preparado para aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas pela Black Friday, assim como os consumidores em busca dos grandes descontos.
Entre as sugestões para os logistas, o professor da Estácio cita avaliação do estoque. “Antes do grande dia, é essencial avaliar os itens que estão há mais tempo no estoque. Identificar produtos que estão parados por um longo período ajuda a liberar espaço e recursos para novos produtos que podem ter uma demanda maior”.
Ele cita ainda promoções estratégicas para girar o estoque. “Oferecer descontos atrativos em produtos com estoque mais antigo é uma estratégia inteligente. Isso não apenas aumenta as chances de venda, mas também contribui para a otimização do espaço no estoque, preparando-o para os produtos de alta demanda da Black Friday”.
Ainda para logistas, Eduardo cita o reinvestimento em produtos com alto giro de estoque. “Produtos que têm um histórico de alto giro merecem atenção especial. Considere reinvestir parte dos lucros obtidos com esses produtos em novos estoques ou em estratégias de marketing mais agressivas para maximizar o retorno”.
Dicas para os consumidores
Para os clientes, o economista e professor da Estácio destaca como primeira dica o planejamento.
“Faça uma lista de desejos antes da Black Friday. Isso ajuda a evitar compras impulsivas e a focar nos produtos que realmente precisa ou deseja. Além disso, pesquise preços e compare ofertas, e explore diferentes lojas e plataformas online para isso. Às vezes, uma oferta pode parecer excelente em um lugar, mas pode haver uma opção ainda melhor em outro.”
Eduardo Amendola enfatiza ainda a importância de estar atento às políticas de devolução, indicando ao consumidor que antes de efetuar uma compra, certifique-se de entendê-las, o que proporcionará mais segurança, caso haja a necessidade de trocar ou devolver um produto.
“A Black Friday oferece uma oportunidade única tanto para lojistas quanto para consumidores. Com um planejamento cuidadoso e estratégias bem definidas, ambos os lados podem aproveitar ao máximo este evento de compras, encerra o economista.”
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