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ATACADO DISTRIUIDOR TERMINA SETEMBRO COM CRESCIMENTO DE 15,5%

LUIZA SANTOS - 30/10/2023 18:45

O setor atacadista distribuidor registrou um crescimento de +8,4% em setembro em relação ao faturamento com o mesmo mês do ano passado. Os dados são da nova edição do Termômetro ABAD NielsenIQ.

De acordo com acompanhamento histórico, é normal que haja retração entre agosto e setembro, o que se repete em 2023 (-14,8%). Apesar disso, no acumulado do ano (de janeiro a setembro), o setor mantém desempenho positivo de +15,5%, o que acompanha as tendências positivas do cenário de consumo no país.

“Há desaceleração no crescimento do mercado com relação aos meses anteriores, principalmente no comparativo com o primeiro trimestre, mas vemos que o setor está trabalhando com aumento em volume, o que é saudável”, explica Felipe Rutkosky, gerente sênior de Atendimento ao Varejo da NielsenIQ.

Felipe lembra que nos primeiros meses do ano havia um componente de inflação nos alimentos que fazia o mercado crescer de maneira consistente pelo repasse de preços, mas não em volume. Agora, o que se percebe, é que ainda que o aumento seja menor no final do terceiro trimestre, as vendas em volume estão se desenvolvendo em um terreno mais positivo do que o ocorrido em 2022.

O atual cenário econômico do país, de com dados da NielsenIQ que complementam o Termômetro, também se mostra positivo para o setor. De acordo com o IBGE, o PIB do segundo trimestre fechou com crescimento de + 3,4%, dando continuidade à trajetória de recuperação.

O desemprego também mostra queda sobre o ano passado nos relatórios do IBGE, chegando a 7,9% em julho de 2023 (em julho de 2022 o percentual era de 9,1%). “Quando olhamos para o campo econômico, vemos diminuição no nível total de desemprego em um movimento que tende a se intensificar no final do ano por conta das contratações temporárias e o aquecimento do comércio. Por outro lado, vemos um pequeno aumento na inflação em decorrência do fim da desoneração dos combustíveis, mesmo que o setor alimentício não seja impactado”, comenta Rutkosky.

O executivo da NielsenIQ finaliza explicando que o avanço nos índices de desemprego que geram renda para a população somado à menor inflação dos alimentos tendem a melhorar o consumo no médio prazo.

Cestas e canais

Levantamento da NielsenIQ no mês de setembro mostra que o volume de vendas no varejo cresceu impulsionado pelas altas temperaturas que não eram esperadas para essa época do ano. De acordo com os dados apurados, o calor motivou o consumidor a comprar mais aparelhos eletroeletrônicos (Ar Condicionado e Ventiladores), Perecíveis (Sorvetes), Bebidas (Cerveja, Sucos e Refrigerantes) e H&B (Bronzeadores e Protetor Solar).

Em relação ao mesmo período de apuração no ano passado, que foi de 28 de agosto a 1º de outubro, a venda de eletrônicos cresceu +4,3%; de perecíveis frescos, +12,3%; de bebidas, +10%; de H&B, +7%. O crescimento médio em volume entre todas as cestas foi de +6,2%. Na contramão dos demais produtos da cesta, as comodities continuam a retrair em valor (-1,4%), embora estejam crescendo em volume (+5,6%).

Com exceção dos hipermercados, os canais de venda tiveram bom desempenho em setembro em valor. O destaque fica com C&C, que cresceu +13,1%, puxado pela abertura de lojas. O canal farma, que alta de +13,2%, continua apontando resultados positivos por conta do aumento de preços. Autosserviço e E-Commerce cresceram, respectivamente, +2,5% e +9,5%. Já os supermercados grandes foram os únicos com crescimento equilibrado, +6% em valor e +5% em unidade.

Foto: freepik

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