A batalha do governo de Pernambuco pela construção de um ramal ferroviário que, partindo do Piauí chegue ao Porto de Suape ficou mais difícil. Nesta segunda-feira (24), numa reunião administrativa, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou o pedido de renúncia da Planalto Piauí Participações e Empreendimentos S.A. extinguindo o contrato de adesão relativo ao à outorga por meio de autorização para construção e exploração da EF-233 nome da Estrade de Ferro do Sertão entre Curral novo(PI) e Porto de Suape (PE).
A Planalto Piauí Participações e Empreendimentos S.A. é uma empresa controlada do Grupo Bemisa, que por sua vez pertence ao Grupo Oportunitty controlado pelos empresários Daniel e Veronica Dantas e Dório Ferman com investimentos em diversas áreas no Brasil. Ela será o veículo financeiro pelo qual a Bemisa pretende explorar a mina de minério de ferro que possui no município de Curral Novo (PI) que trabalha com a proposta de escoamento pelos porto de Pecém(CE) e Suape (PE).
O pedido de desistência da proposta que a Bemisa fez ao governo Paulo Câmara, em 2021 acontece três dias depois de a Diretoria Colegiada da Sudene, autarquia vinculada ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, aprovou, nesta sexta-feira (20), a liberação da parcela de R$ 811 milhões do financiamento da Transnordestina Logística (TLSA) para a construção da ferrovia que liga o município Eliseu Martins (PI) ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CE).
A saída da Bemisa do projeto com destino ao porto pernambucano abre uma oportunidade concreta de que a partir da construção do ramal Eliseu Martins (PI) a Pecém (CE) transferir a carga gerada com a exploração do minério de ferro para o porto cearense. Após estudos de viabilidade, a mineradora Bemisa, do grupo Opportunity, desistiu da construção de uma ferrovia ligando Currais Novos (PI) ao Porto de Suape, em PE, para escoamento de minério de ferro extraído no Piauí.