Uma das dúvidas mais comuns na hora de comprar um carro, uma moto ou uma casa própria é com relação ao tipo de crédito utilizado por quem não tem o dinheiro para pagamento à vista e quer construir seu patrimônio aos poucos.
Entre as modalidades oferecidas no mercado, duas se destacam, são elas: financiamento e consórcio. Muitas pessoas as consideram similares, porém, a única coisa que as liga é o parcelamento do valor total do bem, uma vez que elas têm regras e vantagens distintas.
O financiamento nada mais é do que um empréstimo de dinheiro de um banco ou instituição financeira para a aquisição de um bem. O comprador paga as parcelas mensais, com juros, até quitá-lo.
Já o consórcio reúne um grupo de pessoas que contribuem mensalmente para um fundo comum. Com isso, os participantes têm a chance de serem contemplados por sorteio ou podem oferecer lances para receberem o valor do crédito e adquirir o seu bem.
Enquanto no financiamento, o comprador se torna proprietário imediatamente, no consórcio é preciso esperar a contemplação. Apesar do financiamento, em tese, ser mais rápido, pois não envolve a espera da contemplação, o caminho até a aprovação dos documentos é longo e, ultimamente, muito difícil, com isso, a busca por consórcios tem disparado nos últimos anos.
“Está cada vez mais difícil conseguir aprovação de financiamento já que grande parte dos brasileiros está endividada e, com isso, os bancos e instituições financeiras têm sido cautelosos com relação à liberação de créditos. Isso está sendo refletido no mercado de consórcios já que não tem a necessidade de comprovação de renda para entrar em um grupo”, revela Anderson Ferreira, superintendente comercial na Âncora consórcios, que teve um aumento de 300% em vendas nos últimos 5 anos.
E Anderson conta que as vantagens não param por aí “a segurança também tem atraído mais pessoas para o consórcio, uma vez que não existem juros, apenas taxas administrativas, que gira em torno de 0.5% ao mês, sem contar que o valor da parcela é fixo, o que varia é o lance oferecido pelo consorciado”.
Mas atenção, especialistas ressaltam que ambas são opções seguras e viáveis para adquirir um bem, e a escolha depende das necessidades e preferências individuais, bem como das condições financeiras e objetivos, mas é preciso procurar empresas idôneas e cadastradas nos órgãos oficiais, no caso do consórcio a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (ABAC).
Foto: José Cruz/Agência Brasil