A partir desta sexta-feira, 20, as unidades do Sabin Diagnóstico e Saúde em Salvador, Camaçari, Lauro de Freitas e Santo Antônio de Jesus terão postos para receber doações de lenços, que serão distribuídos, posteriormente, para as pacientes das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid). A iniciativa – promovida pelo Instituto Sabin, Organização Social de Interesse Público (Oscip) responsável pelo investimento social do Grupo Sabin – faz parte da campanha “Outubro Rosa”, que é um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, e seguirá até o dia 10 de novembro.
Paralelamente à arrecadação nas unidades, o Instituto Sabin, em parceria com a organização Mãos Solidárias, também fará doação de lenços confeccionados pelas detentas da Unidade Prisional Regional Feminina de Luziânia, em Goiás, dentro de um projeto de ressocialização, e por alunas do Instituto Mãos Solidárias, que promove cursos profissionalizantes para pessoas em vulnerabilidade social. A doação será destinada à Osid, em Salvador, e ao Abrigo de Idosos São João Batista, em Barreiras, no oeste do estado.
“Durante a campanha, o Sabin ainda irá doar, para algumas instituições sociais, vouchers para exames laboratoriais. A intenção é, além de conscientizar sobre a importância do controle do câncer de mama, contribuir para que as pessoas possam ter um diagnóstico da doença, podendo iniciar o tratamento o quanto antes”, afirmou Agnaluce Moreira, gestora regional do Sabin em Salvador, enfatizando que a empresa irá promover uma série de ações internas de conscientização com os colaboradores, como oficinas de autocuidados e programação de lives sobre atenção com a saúde.
Prevenção é a palavra-chave
Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão auxiliar do Ministério da Saúde para a prevenção e controle dessa doença no Brasil, estimam 73.610 novos casos de câncer de mama em 2023, sendo o tipo de neoplasia que mais acomete as mulheres. A doença, inclusive, ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer deste público no país, com 18.139 perdas no ano de 2021.
O Inca informa que não há uma causa única para o surgimento do câncer de mama, mas aponta alguns sinais e sintomas que podem indicar a manifestação da enfermidade, como caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja; e alterações no bico do peito, com saída espontânea de líquido de um dos mamilos, além de pequenos nódulos no pescoço ou na região das axilas.
A radiologista Carolina Neves, gestora médica do Serviço de Imagem do Sabin, destaca que a prevenção é a palavra-chave para identificação e tratamento da doença e passa pela conscientização da população de que o câncer de mama impacta significativamente a sociedade. “A prevenção implica evitar fatores de risco, como sedentarismo, alimentação inadequada e a consequente obesidade; passa também pela compreensão de que um histórico familiar de câncer de mama e/ou ovário deve levar qualquer mulher a discutir o risco com seus médicos e passa pela aderência aos exames de rotina”, pontua.
Ela salienta ainda que a mamografia, de forma mais ampla, continua sendo a melhor e mais eficiente ferramenta para permitir um diagnóstico precoce. “Este exame permite diagnosticar lesões antes de elas se tornarem palpáveis, em uma fase em que, se tudo for feito sem atrasos, a chance de cura se aproxima de 100%”, informa a médica, acrescentando que a recomendação para os pacientes com risco mais elevado, com história familiar de câncer de mama, inclui também a realização de ultrassonografia e ressonância das mamas. “As mulheres devem ter orientação individualizada, seja por seu mastologista ou ginecologista. Afinal de contas, a melhor preparação para o amanhã é fazer o melhor hoje”, salienta.
Foto: Acervo Sabin
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