

O recuo na produção industrial da Bahia em agosto/23 frente a agosto/22 (-7,6%) resultou de quedas intensas tanto na indústria extrativa (-13,2%, a 16ª retração mensal consecutiva) quanto na indústria de transformação (-7,2%), que caiu pelo quarto mês seguido, com produção menor em 6 das 10 atividades investigadas separadamente no estado.
Apesar de ter tido apenas o quinto recuo mais intenso, a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-12,1%) foi o segmento que mais contribuiu para o resultado negativo da indústria baiana em geral, em agosto. Isso porque é a atividade de maior peso na estrutura do setor no estado, respondendo por quase 1/3 do valor industrial gerado da Bahia – e está em queda há quatro meses seguidos (desde maio).
O segundo impacto negativo mais importante veio da fabricação de produtos químicos, que teve a segunda queda mais intensa em agosto (-21,6%) e recua seguidamente há seis meses, na Bahia (desde março). Em agosto, mais uma vez, o maior recuo no estado ficou com a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-25,5%), que tem peso menor na estrutura industrial baiana, por isso tem menos impacto no índice geral.
Por outro lado, os maiores avanços, que ajudaram a segurar um pouco a queda da indústria baiana em agosto, vieram novamente da fabricação de produtos alimentícios (21,8%, 9º crescimento mensal consecutivo) e da preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (6,6%, 2º avanço seguido).
Imagem de John R Perry por Pixabay