O Brasil está no topo da lista que mede o peso da conta de luz no bolso de consumidores locais, em comparação com 33 países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). As informações são do levantamento da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace Energia).
Na média, o brasileiro compromete 4,54% da sua geração de riqueza anual com o pagamento da tarifa residencial. Isso quer dizer que, considerando o PIB per capita, o impacto do gasto com energia pesa mais para os brasileiros do que para os consumidores de outros países como Estados Unidos, Espanha e Canadá.
O ranking considera dados de 2022 da tarifa residencial para o Brasil (Aneel), tarifas residenciais de países da OCDE (Agência Internacional de Energia), e PIB per capita (Fundo Monetário Internacional). A Abrace afirma que a comparação é mais adequada do que apenas comparar tarifas, o que proporciona uma maior sensibilidade de quanto o custo de um mesmo volume de energia realmente impacta o orçamento da população em cada país.
Os brasileiros devem pagar R$ 119 bilhões em contas de luz durante todo o ano de 2023, de acordo com a projeção da Abrace. Por mês, cerca de R$ 10 bilhões são apenas para custear tributos e subsídios. A associação diz que 60% do valor da energia elétrica serve para pagar os custos com geração, transmissão e distribuição da energia elétrica, enquanto os 40% restantes são de “taxas, subsídios e impostos”.
Veja o ranking dos países com maior peso da conta de luz no orçamento do consumidor residencial:
Brasil
República Tcheca
Grécia
Espanha
Costa Rica
Itália
Chile
Letônia
Eslováquia
Portugal
Polônia
Países Baixos
Turquia
Lituânia
Bélgica
Reino Unido
Estônia
Dinamarca
Alemanha
Hungria
Eslovênia
França
Áustria
Finlândia
Nova Zelândia
Suécia
Coréia do Sul
Irlanda
Noruega
Suíça
Canadá
Estados Unidos
Com informações do Estadão
Foto: Divulgação / Agência Brasil