Nesta terça-feira (03), durante entrevista a rádio Metrópole, o secretário municipal de Mobilidade (Semob), Fabrizzio Muller, explicou sobre o motivo da prefeitura de Salvador extinguir linhas de ônibus que antes circulavam em Salvador. Na ocasião, ele afirmou que é um “problema geracional” a resistência da população à integração do transporte.
“A gente toma a decisão baseada em estudos e planejamento. As cidades precisam evoluir à medida que crescem, com outros problemas e outras soluções. Você não pode ter uma lógica de deslocamento de dez anos atrás, quando só tinha um tipo de modal e não existia integração tarifária”, disse ele.
De acordo com o secretário municipal de Mobilidade, a população precisa compreender que o sistema deve funcionar de forma integrada e não com modais concorrentes. “Eu não posso ter os ônibus penetrando em todos os trechos da cidade, concorrendo com o metrô, com o futuro VLT e com o BRT. Os sistemas precisam funcionar de uma forma integrada, juntos. Isso torna ele mais eficiente”.
Por fim, ele defendeu que a reestruturação do sistema de transporte tem o intuito de tornar ele ‘mais racional’. “A gente tinha linhas que demoravam 1h20, 1h30, 1h40 rodando pela cidade. As pessoas demoravam 40, 50 minutos esperando pelo ônibus porque o intervalo entre um e outro era muito grande. Estamos modificando essa lógica e isso evidentemente gera algumas reclamações. Nós recebemos elas e analisamos [para entender se o que foi pontuado] tem alguma pertinência dentro deste planejamento”, concluiu.
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