Beneficiada pela queda nas importações de combustíveis e pela safra recorde de grãos, a balança comercial – diferença entre exportações e importações – fechou setembro com superávit de US$ 8,904 bilhões, divulgou nesta segunda-feira (2) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O resultado é o melhor para meses de setembro e representa alta de 51,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, pelo critério da média diária.
Com o resultado de setembro, a balança comercial encerrou os nove primeiros meses do ano com superávit acumulado de US$ 71,309 bilhões, maior resultado para o período desde o início da série histórica, em 1989. Desde agosto, o saldo positivo acumulado supera o superávit comercial recorde de US$ 61,525 bilhões de todo o ano passado.
Em relação ao resultado mensal, as exportações cresceram, enquanto as importações despencaram em setembro. No mês passado, o Brasil vendeu US$ 28,431 bilhões para o exterior, alta de 4,4% em relação ao mesmo mês de 2022 pelo critério da média diária. As compras do exterior somaram US$ 19,527 bilhões, recuo de 17,6% pelo mesmo critério.
Do lado das exportações, a safra recorde de grãos e o aumento da produção de petróleo compensaram a queda internacional no preço de algumas commodities (bens primários com cotação internacional). Do lado das importações, o recuo no preço do petróleo e de derivados foi o principal responsável pela retração.
Após baterem recorde no primeiro semestre do ano passado, após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, as commodities recuaram nos últimos meses. Apesar da subida do petróleo e de outros produtos em setembro, os valores continuam inferiores ao mesmo mês do ano passado. No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu 7,2%, enquanto os preços caíram 7,4% em média na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nas importações, a quantidade comprada caiu 8,7%, e os preços médios recuaram 14,5%.
Fonte: Agência Brasil – Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo