O dia das crianças promete ser animado para o comércio na Bahia. Segundo dados levantados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo no Estado da Bahia (Fecomércio-BA), alguns itens da cesta de presentes para o dia das crianças sofreram deflação, fazendo com que tanto lojistas quanto consumidores fiquem otimistas quanto à venda e ao preço dos produtos. O que mais se destacou referente à deflação em 12 meses foi o computador pessoal (-10,6%), seguido dos smartphones (-8,78%), os instrumentos musicais também tiveram um recuo de preço (-4,91%) e a bicicleta que caiu em -0,27% em um ano. No setor dos serviços o cinema, o teatro e os concertos tiveram uma queda de -6,93%.
Em contrapartida, outros produtos estão com valores um pouco mais salgados. Os livros não didáticos, por exemplo, tiveram um aumento de 12,75% no valor. Junto a eles está o conjunto infantil (12,2%), além do sapato infantil (7,25%), da camiseta (4,81%) e da calça comprida (3,45%). Ainda de acordo com a Fecomércio-BA, os preços mais baixos, a maior capacidade de consumo, a segurança no emprego e o fácil acesso ao crédito são fatores que demonstram que o Dia das Crianças deste ano será melhor que o ano passado.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Lojistas da Bahia (Sindilojas), Paulo Motta, em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, a semana da criança é uma das maiores épocas do ano em que se vende brinquedos, representando cerca de 20% de todo o ano. Motta ainda ressalta que, além dos tradicionais presentes, os chocolates e doces estão entre os itens mais procurados nesta época do ano. “A expectativa do Sindilojas-Ba é positiva. A recuperação de consumidores por meio do programa do Governo Federal, creio que voltamos com um número expressivo de consumidores de baixa renda ao mercado. O mês de outubro com a semana da criança é uma sinalização das vendas de dezembro, que representa mais de 20% das vendas de brinquedos no ano. Nós estamos confiantes que vamos crescer em média acima de 10%”, afirmou.
Se por um lado existem pais e familiares que são tradicionais e que preferem comprar os presentes das crianças indo em uma loja física, por outro há aqueles que preferem adiantar o lado e compram on-line. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), a estimativa é que o e-commerce deve faturar R$5,95 bilhões este ano no Dia das Crianças. No ano passado o rendimento foi de R$5,5 bilhões, com mais de 11 milhões de pedidos em todo o país. O ticket médio foi de R$460,25.
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