Com base nas informações do IPCA, o levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA), aponta para uma deflação média de 1,39% em um ano. Isso leva para um maior otimismo do comércio baiano para o Dia das Crianças neste ano.
“Embora a maioria dos itens esteja com variação positiva, 50% dos que registram alta variam abaixo da inflação média da RMS, de 3,9%, ou seja, há um ganho real”, destaca o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.
O computador pessoal puxa a tendência de queda com -10,6% em 12 meses, seguido de aparelho telefônico (-8,78%). Ainda no comércio, o instrumento musical recuou -4,91% e a bicicleta apontou variação tímida de -0,27%. Já pelo lado dos serviços, a retração nos preços foi vista no grupo de cinema, teatro e concertos, de -6,93%.
Os livros não didáticos registraram aumento de 12,75%, variação bem próxima do conjunto infantil, de 12,2%. E entrando, então, nos itens de vestuário, outras altas foram de sapato infantil (7,25%), camiseta infantil (4,81%) e calça comprida infantil (3,45%).
“A Fecomércio-BA projeta que o setor de Vestuário, Tecidos e Calçados deva crescer 8% na comparação com o mesmo período do ano passado. O dado não se refere especificamente ao Dia das Crianças, mas indica uma tendência importante para o momento”, pontua Dietze.
Para o consultor, o que contribui no entendimento desse cenário é o índice de Intenção de Consumo das Famílias – ICF, elaborado mensalmente pela Federação e que mostra crescimento de 19,1% na comparação anual, atingindo os 106,4 pontos, numa escala de 0 a 200 pontos.
“Os preços mais baixos, maior capacidade de consumo, segurança no emprego e acesso fácil ao crédito são os fatores que devem fazer o Dia das Crianças de 2023 ser melhor que o do ano passado”, salienta Dietze.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil