Um estudo na abertura do 10º Congresso Internacional de Inovação da Indústria, realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Sebrae, no São Paulo Expo mostrou que o Brasil ganhou cinco posições no Índice Global de Inovação (IGI) na comparação com o ranking de 2022 e agora ocupa o 49º lugar entre 132 países, passando a ser o primeiro colocado da América Latina. No ano passado, o Chile estava à frente do Brasil.
Mesmo com os ganhos de posições, sustentado pelo terceiro ano consecutivo, a colocação brasileira ainda é considerada aquém do potencial do país, que hoje tem a 10ª maior economia do mundo. A melhor posição do Brasil no IGI foi em 2011, quando chegou ao 47º lugar. Os dez países mais bem colocados no índice são: Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, Singapura, Finlândia, Holanda, Alemanha, Dinamarca e Coreia do Sul.
A classificação é divulgada anualmente, desde 2007, pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI – WIPO, na sigla em inglês), em parceria com o Instituto Portulans e o apoio de parceiros internacionais. No caso do Brasil, a CNI e a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), apoiam a produção e divulgação do IGI desde 2017.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, avalia que o Brasil tem condições de crescer a cada ano no ranking, por meio de investimentos e políticas direcionadas à ciência, tecnologia e inovação (CT&I). “A posição do Brasil no Índice Global de Inovação vem melhorando nos últimos anos. No entanto, temos um potencial muito inexplorado para melhorar o nosso ecossistema de inovação, atingir o objetivo de integrar os setores científico e empresarial e, consequentemente, promover maior inovação”, afirma.
Criado em 2007, o IGI tornou-se uma referência na avaliação da inovação e um pilar na formulação de políticas de CT&I, levando um número cada vez maior de governos a realizar análises sistemáticas de seus resultados anuais em matéria de inovação e elaborar políticas voltadas para melhorar seu desempenho no Índice. O ranking também obteve o reconhecimento do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, que em sua resolução de 2019 sobre CT&I para o desenvolvimento o define como um instrumento de referência para avaliar a inovação em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Top 10 – Índice Global de Inovação (IGI)
1º – Suíça
2º – Suécia
3º – Estados Unidos
4º – Reino Unido
5º – Singapura
6º – Finlândia
7º – Holanda
8º – Alemanha
9º – Dinamarca
10º – Coreia do Sul
Posição do Brasil em relação aos países da América Latina
49 – Brasil
52 – Chile
58 – México
63 – Uruguai
66 – Colômbia
73 – Argentina
74 – Costa Rica
76 – Peru
Posição do Brasil em relação aos países dos Brics
12 – China
40 – Índia
49 – Brasil
51 – Rússia
59 – África do Sul
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