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EM SETEMBRO, IPCA-15 DA RM SALVADOR VOLTA A REGISTRAR DEFLAÇÃO (-0,03%) E É O MAIS BAIXO DO PAÍS

Victoria Isabel - 26/09/2023 12:59

Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em -0,03% na Região Metropolitana de Salvador (RMS), voltando a apresentar deflação após ter tido aumento de preços em agosto (0,50%). A RM Salvador foi a única, entre os 11 locais pesquisados separadamente pelo IBGE, a registrar deflação em setembro. Nacionalmente, o índice ficou em 0,35%.

O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 15 de agosto e 14 de setembro de 2023. No acumulado de janeiro a setembro de 2023, o IPCA-15 da RM Salvador está em 3,48%, voltando a ficar abaixo do índice nacional (3,74%) e sendo o 3º menor dentre as 11 áreas pesquisadas, superior apenas ao do município de Goiânia/GO (2,42%) e da RM Rio de Janeiro/RJ (2,55%).

Nos 12 meses encerrados em setembro, o IPCA-15 da RMS acumula alta de 4,52%, também abaixo do indicador nacional (5,00%) e o 2º menor índice do país, atrás apenas da RM Rio de Janeiro/RJ (3,61%).

A deflação registrada pelo IPCA-15 de setembro na Região Metropolitana de Salvador (-0,03%) foi resultado de queda nos preços médios de quatro dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice. A principal influência para o resultado veio do grupo alimentação e bebidas (-1,11%), que apresentou deflação pelo terceiro mês consecutivo e registrou a sua maior queda de preços na RMS em 5 anos, desde setembro/2018 (-1,39%).

O grupo, que tem o maior peso no custo de vida das famílias na RM Salvador, foi influenciado, principalmente, pela queda de preços das carnes (-3,95%), em especial, da costela (-5,71%), e dos tubérculos, raízes e legumes (-8,55%), como a cebola (-16,60%), que foi o item com a maior queda de preços e que mais contribuiu para a deflação geral da região. A segunda maior queda geral de preços e a segunda maior colaboração para a deflação geral da RMS em setembro vieram do grupo de artigos de residência (-0,49%), influenciado pelos aparelhos eletroeletrônicos (-1,62%), como o televisor (-2,88%).

Por outro lado, os preços dos transportes (0,92%) foram os que mais subiram e que exerceram a maior pressão inflacionária em setembro na RMS, influenciado pelo ônibus intermunicipal (8,08%), item que mais puxou o IPCA-15 para cima na região, e pelos combustíveis (1,40%), como a gasolina (1,14%) e o óleo diesel (14,90%).

Foto: Pixabay

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