Uma análise do portal g1, mostrou que o mercado financeiro interpretou o processo de corte de 0,50 ponto percentual (p.p.) da taxa básica de juros (Selic) (Veja aqui) como um reflexo da melhora de indicadores econômicos. No comunicado, o colegiado indicou que a decisão aconteceu diante do processo de desinflação, dos cenários econômicos avaliados no Brasil e no exterior e do balanço de riscos. Entre os principais pontos trazidos pelo Copom estava a percepção sobre o atual cenário macroeconômico brasileiro — que, segundo especialistas, foi ponderado e não mudou drasticamente em relação aos sinais dados pelo colegiado na última reunião. Em seu comunicado, por exemplo, o comitê reconheceu as recentes quedas da inflação subjacente (que desconsidera o impacto de fatores temporários ou preços muito voláteis), mas destacou a alta do indicador no acumulado de 12 meses.
De acordo com os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou um avanço de 4,61% nos 12 meses terminados em agosto — em julho, essa alta era de 3,99%. Além disso, o BC também reconheceu que a atividade econômica brasileira tem apresentado uma resiliência maior do que o esperado anteriormente, mas afirmou que “o Copom segue antecipando um cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres.”. “O Banco Central manteve, a grosso modo, a sinalização anterior. De modo geral, o cenário macroeconômico veio em linha com a expectativa e o Copom manteve o plano de voo dele”, afirmou a economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Natalie Victal.
Foto: Foto: Daniel Marenco/ Agência O Globo