“Quando eu crescer quero ser médica, mas para isso preciso fazer meu transplante logo para voltar a estudar, pois com essa rotina que tenho de hemodiálise três vezes na semana durante quatro horas numa máquina, não estou conseguindo ir pra escola”. Esta é a realidade de Thauanne Santos Teixeira, 12 anos, que viu sua vida mudar totalmente quando descobriu, aos 7 anos, sua doença renal crônica.
É por conta de histórias como estas e pelos outros 2.979 baianos que hoje estão à espera de um órgão (rim, fígado) ou tecido (córnea) que será realizada, no próximo domingo (17), das 7h30 às 11 horas, uma caminhada na avenida Magalhães Neto para sensibilizar a população sobre a importância da doação de órgãos para permitir que essas pessoas continuem a viver. “As ações de sensibilização têm que ser constantes, pois a negativa familiar é superior a 65%”, ressalta Regina Vasconcelos, coordenadora da Central Estadual de Transplantes”.
A caminhada, que faz parte das campanhas de mobilização do “Setembro Verde, é organizada pela Central Estadual de Transplantes, Banco de Olhos da Bahia e Hospital Geral Roberto Santos (HGRS). O evento também contará com outras atividades de saúde: aferição de pressão, teste de glicemia, avaliação nutricional e orientação para uma vida saudável com uma equipe de nutricionistas, além de atividades físicas.
Setembro Verde: A campanha “Setembro Verde” foi criada em 2014, instituída pela Lei 15.463, com vistas a conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos. O dia D da campanha é 27 de setembro – Dia Nacional da Doação de Órgãos, mas durante todo o mês são realizadas diversas ações nas unidades de saúde que são transplantadoras ou captadoras de órgãos.
Além disso, tem as atividades externas como a caminhada que ocorrerá no próximo domingo (17) e as ações de conscientização que serão levadas para o Salvador Shopping nos dias 27, 28 e 29 através de uma parceria com o estabelecimento comercial “que abriu suas portas para que pudéssemos levar para as pessoas todo tipo de esclarecimento a respeito de doações”, pontuou a diretora geral do Hospital Roberto Santos, Lucrécia Savernini.