O vereador e ouvidor-geral da Câmara, Augusto Vasconcelos (PCdoB), solicitou ao Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano explicações sobre a viabilidade da possível construção de três torres próximo a Praia do Buracão, no Bairro do Rio Vermelho, em Salvador. Ele acolheu a denúncia feita pelo movimento “S.O.S Buracão”, que tem denunciado os danos ao meio ambiente que serão causados pelas obras.
Em entrevista ao Bahia Econômica, o vereador afirmou que ainda não obteve uma resposta do órgão “Estamos ainda aguardando um posicionamento da Sedur, que até agora não prestou uma informação para a ouvidoria da câmara.”
Segundo Augusto, a altura dos empreendimentos pode causar sombras na faixa de areia da praia, contribuindo para a proliferação de doenças. “Se esses prédios forem erguidos, trará problemas para a cidade como um todo. O sombreamento da praia pode desencadear doenças, pois, o sol é um agente importante para eliminar fungos e bactérias e se a praia estiver sombreada, traz uma série de transtornos ambientais, sem falar no desconforto dos banhistas que ali frequentam”, pontuou.
O ouvidor declarou ainda, que as construções não atendem aos requisitos do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano. “Ninguém está contra o desenvolvimento do nosso município, ao contrário, entendemos a importância de que a construção civil de fortaleça, mas ela deve observar de trâmites legais, aspectos ambientais e também o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, que proíbe edificações muito próximas da praia que gerem sombreamento”, relatou Augusto.
Além de infringir o Plano Diretor da cidade, Vasconcelos também apontou que o empreendimento pode violar a legislação ambiental. “Outra problema que nós apontamos no nosso documento, é a questão do saneamento básico e do trânsito na região. Queremos ter acesso ao estudo de impacto de vizinhança, se é que ele existe”.
Ao Bahia Econômica, o ouvidor relatou que a câmara está avaliando a possibilidade de uma audiência pública para debater sobre o tema.
“Estamos avaliando a necessidade de convocar uma audiência pública, a ouvidoria da câmara está pensando nessa possibilidade e em diálogo com os moradores e com a população que frequenta a região, nós vamos avaliar se é o caso de que esse tema também seja pautado no Ministério Público” disse o vereador.
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