Em entrevista ao podcast MetroPod, da Rádio Metropole, a deputada federal Lídice da Mata (PSB) contou sobre os mecanismos usados pelo então governador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães, conhecido como ACM, para desestabilizar a sua gestão. Lídice foi a primeira prefeita de Salvador, entre 1993 e 1996.
“Você tinha uma dependência muito grande dos recursos do governo federal e estadual para administrar. Hoje, salvador deve ter oito vezes o que tinha de orçamento no período que eu governei. E Antonio Carlos, quando eu saí, colocava mais ou menos um orçamento e meio no governo posterior ao meu de recursos diretos em obras da cidade. O meu não tinha isso, pelo contrário. Cada ação que a gente fazia, o governo fazia na disputa”, contou, ao citar casos que realizou de desapropriação em Paripe e Costa Azul, atropelados pelo governo estadual.
Lídice da Mata apontou ainda como a TV Bahia era utilizada para a “perseguição” do seu mandato no executivo municipal.
“Dia e noite batendo na prefeitura. Se tinha uma greve dos professores, primeiro se ouvia os mais radicalizados. Não era presidente da APLB, falando moderadamente, não. Era aquele que pudesse atacar mais o governo municipal. Depois disso era entrevistado alguém da prefeitura, ou uma secretária, editado, onde tivesse metade da frase”, ressaltou.
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