O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), falou nesta segunda-feira (21), sobre os índices de homicídios registrados na Bahia. Durante o evento de lançamento da licitação para a realização de obras de macrodrenagem na Cidade Baixa, em Salvador, Rui falou sobre a divulgação dos dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, no qual a Bahia aparece com 11 cidades entre as 50 com as maiores taxas de homicídio.
Rui reafirmou o seu posicionamento da última semana questionando os dados do Anuário, já que a publicação se baseia em dados fornecidos pelos estados e, por não existir um padrão que regulamente a forma de se registrar mortes por homicídio pelas forças de segurança locais, as informações nesse aspecto ficam desequilibradas.
“Cabe ao governo federal cumprir o seu papel e eu tenho conversado com o ministro da Justiça, Flávio Dino, para que ele possa instituir uma padronização de como cadastrar e lançar esses homicídios e esses dados de mortes. Pelo Sistema Único de Saúde, você tem um padrão de como classificar uma morte por motivo cardíaco, como cadastrar uma morte por câncer e assim por diante. Na área de Segurança não tem padrão nenhum, cada um cadastra de um jeito. Tem estado que se achar um corpo com afundamento de crânio boiando em uma lagoa cadastra aquilo como ‘mortes a investigar. É isso o que eu digo e é isso que eu repito. O que precisa é o governo federal oficialmente ter um parâmetro para que os 27 estados tenha que seguir e aí sim será possível comprara’”, defende o ministro.
“Não se discute a tragédia do número de mortes no Brasil, são mais de 50 mil óbitos. O número em si, fala por si mesmo, da tragédia que é e do impacto, infelizmente das drogas. Em todos os estados, inclusive na Bahia, o tráfico e o consumo de drogas são responsáveis por mais de 75% dos homicídios, seja diretamente ou indiretamente”, completou o ministro.
Foto: Rafael Martins/GOVBA