Em entrevista ao Tribuna da Bahia, o diretor presidente da Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás), Luiz Gavazza, vê com otimismo as perspectivas de crescimento do setor de Gás Natural Canalizado após a pandemia, sobretudo com a queda no preço do gás.
“Eu vejo perspectivas muito boas para o setor de gás natural porque nós estamos pós o pico da pandemia, um ambiente em que nós passamos, e aprendemos e nos estruturamos para conviver com a pandemia, nós estamos retomando ao funcionamento normal da sociedade e da economia. Então, nós estamos saindo de uma crise de subconsumo de energia para voltarmos a consumir muita energia. O setor, portanto, está no centro do processo de recuperação econômica pós efeitos mais nefastos da pandemia”, ressalta.
E completa:
“[…] Acho que nós temos uma demanda reprimida exatamente porque não temos uma oferta de gás natural mais robusta. E, principalmente, não temos preços competitivos. A nossa indústria na Bahia, como a indústria brasileira, é muito diversificada. A Bahia, fora do eixo sudeste e sul, é o estado com a economia mais diversificada e essa diversificação nossa é marcada pela presença aqui da Petroquímica, que é muito importante e é marcada pela presença da celulose, que também é muito importante”, concluiu.
Gavazza, que também é presidente do conselho de administração da Associação Nacional das Distribuidoras de Gás Canalizado (ABEGÁS), viu com bons olhos a mudança da política de preços da Petrobras.
“Foi muito importante para o Brasil. Aliás, nós temos dois temas que estavam sufocando a economia nacional, impedindo a economia nacional de se desenvolver. O primeiro é esse alinhamento automático com a paridade de preços internacional que a Petrobras havia adotado”, afirma.
Foto: Divulgação/Bahiagás