Em evento com analistas de grandes bancos de investimento, o diretor financeiro da Petrobras, Sérgio Leite, reiterou que não há planos de estatizar a Braskem. O comando da petroleira indicou que vai esperar a decisão da Novonor, ex-Odebrecht, sobre a venda de suas ações e, então, vai avaliar se eleva sua fatia, mas não ao ponto de ficar com a totalidade dos papéis da sócia. Na reunião, disseram as fontes, o diretor financeiro da Petrobras também indicou que não há intenção de vender sua fatia na Braskem.
A estatal é a segunda maior acionista da companhia, com 36,1% do capital total. A controladora Novonor tem 38,3%. Três grupos já manifestaram interesse na Braskem: Apollo e Adnoc (Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi), Unipar e J&F Investimentos.
Para a estatal, faz sentido ter um “grande sócio estratégico” na Braskem e citou alguns nomes estrangeiros, entre os quais LyondellBasell, Saudi Aramco e Adnoc, que também poderiam contribuir para potenciais novos projetos no exterior.
O comando da companhia reiterou que o setor petroquímico é estratégico, em particular num cenário em que a gasolina se torne cada vez mais barata, e a Braskem pode ser veículo para internacionalização de seus negócios.
Na esteira da fala de Leite no evento, as ações PNA da Braskem subiam 6,9% na B3 perto das 15 horas, entre as maiores altas do Ibovespa. Com informações do Valor Econômico.