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COLESTEROL ALTO: EFEITOS NA SAÚDE VÃO ALÉM DAS DOENÇAS CARDÍACAS

Douglas Santana - 09/08/2023 09:17

Nessa semana, é celebrado Dia Mundial de Combate ao Colesterol, criado pela Federação Internacional do Colesterol (ISA, em inglês). A doença, geralmente, é uma condição “silenciosa”, sem apresentar sintomas evidentes, o que torna necessária uma atenção especial. O colesterol alto, também conhecido como hipercolesterolemia, é amplamente associado a doenças cardiovasculares, como ataque cardíaco e Acidente Vascular Cerebral (AVC). No entanto, os efeitos nocivos vão muito além, afetando diversos órgãos do corpo.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), quatro a cada 10 pessoas no país possuem taxas de lipídio elevadas, o que acende um alerta para a necessidade de cuidado com essa condição. A médica endocrinologista do Sabin Diagnóstico e Saúde, Thaisa Dourado Guedes Trujilho, informa que “a elevação do colesterol pode ter uma causa primária a um distúrbio genético ou secundária, onde a dislipidemia (nível elevado de lipídio) é decorrente de algumas doenças, estilo de vida inadequado ou uso de medicamentos. Neste caso, é importante reconhecer os fatores responsáveis pela elevação do colesterol para avaliar a abordagem mais adequada”.

Uma das consequências negativas do colesterol alto no corpo é a obstrução sanguínea nos membros inferiores. Isso pode levar a sintomas como dor, palidez e dificuldade para correr ou caminhar longas distâncias, dependendo do grau de obstrução. Outro risco associado é o desenvolvimento da esteatose hepática, conhecida como “fígado gorduroso”. Caso não seja tratada, essa condição pode progredir para a cirrose hepática e até mesmo o câncer no fígado.

Conforme dados da SBC, estima-se que quase 400 mil cidadãos brasileiros morram por conta de doenças cardiovasculares até o final de 2023. Dentre os problemas mais comuns relacionados está a aterosclerose e suas consequências, como Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o Infarto Agudo do Miocárdio. Muitas dessas mortes podem ser evitadas ou postergadas com cuidados preventivos e medidas terapêuticas.

Felizmente, o colesterol alto pode ser tratado e prevenido. Adotar um estilo de vida saudável desempenha um papel fundamental na prevenção e controle do colesterol elevado, como explica a médica Thaisa.

“Deve ser incentivada uma alimentação saudável, juntamente com uma orientação sobre a seleção dos alimentos, o modo de preparo, a quantidade e as possíveis substituições alimentares. É importante o controle do peso e a redução do excesso de gorduras e açúcares na alimentação, devendo ser estimulado o aumento do consumo de fibras. A ação das fibras na redução do colesterol está relacionada ao consumo de fibras solúveis, que formam um gel que se liga aos ácidos biliares no intestino, aumentando sua excreção nas fezes e diminuindo sua reabsorção”, destaca.

A médica também recomenda um programa de exercícios físicos, que deve ser realizado com frequência.  Além disso, realizar exames periódicos para avaliar os níveis de colesterol no corpo é importante, como o perfil lipídico, que analisa os níveis de colesterol total, triglicerídeos, colesterol LDL e colesterol HDL. Para isso, é necessário buscar orientação médica para determinar a periodicidade adequada para os exames.

 

Foto: Shutterstock

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