Vítima da criminalidade, às vésperas das eleições eleitorais de 2018, o mestre de capoeira, Môa do Katendê, será homenageado no documentário que está chegando aos cinemas brasileiros nesta quinta (03): “Môa, Raiz Afro Mãe”.
O documentário vai retratar a dedicação, o legado e a força de transformação cultural e social do multiartista baiano. Além de entrevistas com o próprio Môa, gravadas nos primeiros meses de 2018, a história do artista é contada em imagens e depoimentos de familiares, ex-parceiros, alunos e grandes nomes da cultura baiana.
Ao final da década de 1970, Môa do Katendê, revolucionou o Carnaval de Salvador, colocando o Afoxé Badauê nas ruas da capital baiana. Môa defendia o espalhamento da cultura afro como forma de reconexão, mas também como caminho de ascensão social, sobretudo para a juventude negra.
Produzido pela Kana Filmes e dirigido por Gustavo McNair, Môa, Raiz Afro Mãe tem como objetivo celebrar a vida do mestre.
“A morte é um fato biográfico importante, mas a gente não fica explorando. A vida inteira do Môa é política. Depois da morte dele a gente continuou tendo certeza que o filme deveria ser sobre a vida para devolver para ele esse lugar da cultura. Deixar ele imortalizado no imaginário popular da maioria das pessoas que o conheceu depois da morte, nesse lugar do mártir político. Ele é muito mais do que isso”, explica McNair, que também assina o roteiro do documentário.
Programação de 3 a 9 de agosto:
– Saladearte CineMAM
– Saladearte Cinema do Museu
Foto: Divulgação/Kana Filmes