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LULA TEM ALGUNS CARGOS SEPARADOS PARA O CENTRÃO E MINI-REFORMA MINISTERIAL COMEÇA NA SEGUNDA

João Paulo - 23/07/2023 08:00 - Atualizado 23/07/2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve intensificar na próxima semana as negociações com partidos do Centrão para ampliar a base no Congresso, segundo a colunista do g1 Ana Flor. Entre outras reuniões, Lula deve se encontrar com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), parlamentar com grande influência entre partidos do bloco.

Para conquistar apoio de deputados a propostas que considera prioritárias e melhorar a governabilidade, o governo estuda fazer mudanças nos ministérios e nas estatais. Nesta semana, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que é o responsável pela articulação política do Executivo com o Congresso, recebeu lideranças do PP e do Republicanos.

Veja nesta reportagem quais pastas podem ter o comando alterado e quais mudanças estão, em um primeiro momento, descartadas.

  • Ministérios e estatais que podem sofrer mudanças
  • Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – atualmente, a pasta é comandada por Geraldo Alckmin (PSB) que acumula a função de ministro com a de vice-presidente
  • Ministério de Portos e Aeroportos – o titular da pasta é Márcio França (PSB)
  • Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – chefiado por Luciana Santos (PCdoB)
  • Ministério da Mulher – atualmente comandado por Cida Gonçalves (PT)
  • Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome – o atual ministro é Wellington Dias (PT). A pasta é reivindicada pelo PP.
  • Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania – chefiado por Silvio Almeida (sem partido)
  • Ministério dos Esportes – comandado pela ex-atleta Ana Moser (sem partido). A pasta é alvo de pedido do Republicanos.
  • Caixa Econômica Federal – presidido por Rita Serrano. O banco público é reivindicado pelo PP.
  • Correios – presidido por Fabiano Silva dos Santos
  • Embratur – atualmente chefiada por Marcelo Freixo (PT)
  • Fundação Nacional de Saúde (Funasa) – tem como presidente interino o servidor Alexandre Motta. Órgão é cobiçado pelo Centrão.

Em pronunciamento na semana passada, o presidente Lula descartou mudanças no comando do Ministério da Saúde. A pasta, que tem um dos maiores orçamentos da Esplanada, é alvo de desejo do Centrão. Logo após ser eleito, Lula escolheu para função a socióloga e pesquisadora Nísia Trindade, que foi presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), de 2017 a 2022. Ao comentar rumores de mudança na pasta, o petista afirmou que “tem ministros que não são trocáveis”.

Foto:  Ueslei Marcelino/Reuters

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