A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou distorções contábeis no valor de R$202 bilhões em cinco ministérios durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com o levantamento realizado pela GloboNews, as incongruências foram constatadas nos seguintes ministérios: Agricultura (R$ 142,9 bi), Infraestrutura (R$ 20,3 bi), Educação (R$ 17,1 bi), Saúde (R$ 15,9 bi) e
Cidadania (R$ 6,3 bi).
O ministério que apresentou a maior distorção foi o da Agricultura, que na época englobava o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O responsável pela reforma agrária possui um patrimônio estimado em R$ 124 bilhões em terrenos, além de R$ 95 bilhões em fazendas, parques e reservas. De acordo com o CGU, após verificar a compatibilidade de 155 imóveis com os valores de mercado, os técnicos constataram uma defasagem de 63% e uma distorção de cerca de R$ 140 bilhões.
Já o Ministério da Educação (MEC), que possui a mais recente auditoria realizada, apontou erros contábeis no valor de R$ 17 bilhões e 26 inconformidades. Entre elas, estão imóveis utilizados por entidades vinculadas ao MEC através de cessão de uso, que foram indevidamente registrados como se pertencessem à própria pasta. Somente esse aspecto causou uma distorção de R$ 1,1 bilhão nas contas.
FOTO: Valter Campanato/Agência Brasil
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