Em maio, a produção industrial da Bahia recuou (-2,4%) frente ao mês anterior (abril), na comparação com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE. A indústria do estado apresentou a sua primeira queda, após três meses de crescimentos consecutivos nesse confronto (4,9% de janeiro para fevereiro, 5,6% entre fevereiro e março e 0,8% entre março e abril).
O resultado da produção industrial na Bahia em maio também ficou abaixo do nacional (variação positiva de 0,3%) e foi o 2º pior entre os 15 locais que têm informações para essa comparação, 10 dos quais registraram avanços. Os maiores crescimentos ocorreram em Amazonas (12,8%), Pernambuco (5,6%) e Paraná (5,3%). Abaixo da Bahia ficou apenas Santa Catarina (-2,7%).
Com a retração de maio, a produção da indústria na Bahia distanciou-se ainda mais do patamar verificado antes do início da pandemia de COVID-19, em fevereiro de 2020 (-21,2%, frente a -19,1% em abril). Em relação a maio de 2022, a produção industrial baiana também apresentou queda (-3,3%), interrompendo dois meses seguidos de variações positivas (0,9% em março e 0,5% em abril) e mostrando um resultado bem abaixo do verificado no Brasil como um todo (1,9%). Dentre os 18 locais investigados com resultados nessa comparação interanual, 6 tiveram queda de produção na indústria. Maranhão (-9,6%), Ceará (-8,1%) e Santa Catarina (-4,4%) ficaram com índices inferiores ao da Bahia. Já Pará (29,6%), Amazonas (7,6%) e Pernambuco (6,3%) tiveram as altas mais significativas.
Os resultados negativos sustentaram as quedas da produção industrial baiana tanto no acumulado nos cinco primeiros meses de 2023 (-3,7%), quanto nos 12 meses encerrados em maio (-3,1%). Em ambos os casos, a Bahia tem taxas inferiores às do Brasil como um todo (-0,4% e 0,0%, respectivamente).
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