A sexta estimativa para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos) em 2023 manteve, em junho, a previsão de que a produção seja de 10.988.805 toneladas neste ano. Isso representa uma redução de 3,3% (ou menos 372.902 toneladas) em relação ao recorde de 2022 (11.361.707 toneladas). A previsão se mantém estável desde janeiro.
Dentre as 12 safras de cereais, leguminosas e oleaginosas pesquisadas na Bahia, apenas o amendoim 2ª safra tem previsão de discreta variação positiva na quantidade colhida, em 2023: mais 10 toneladas (+0,4%), chegando a uma produção de 2.486 toneladas. Por outro lado, a maior queda absoluta, entre os grãos, deve ocorrer na soja: menos 177.186 toneladas ou -2,4%, chegando a uma safra de 7.063.494 toneladas em 2023.
Já em termos relativos, a maior perda deve vir do milho 2ª safra, com uma produção de 520.780 toneladas, 19,9% menor do que a de 2022 (-129.220 t). Tanto no caso da soja quanto do milho 2ª safra, a previsão é de queda no rendimento médio (produtividade). O rendimento da soja deve se reduzir de 3.972 kg/hectare para 3.875 kg/hectare; já o do milho 2ª safra deve recuar de 2.500 kg/hectare para 2.003 kg/ hectare.
As estimativas para essas duas culturas na Bahia vão na contramão do previsto para o Brasil como um todo, onde ambas devem ter safras recordes em 2023, de 148,4 milhões e 124,5 milhões de toneladas, respectivamente. A soja e o milho devem ser justamente os principais destaques positivos da safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas, que pode alcançar novo recorde em 2023: 307,3 milhões de toneladas, 16,8% ou 44,2 milhões de toneladas maior do que a de 2022 (que havia sido de 263,2 milhões de toneladas).
Foto: Ministério da Agricultura