A Câmara rejeitou a prorrogação por sete anos dos incentivos de IPI para montadoras de veículos instaladas no Nordeste e Centro-Oeste prevista na reforma tributária. A prorrogação dos incentivos foi um pedido do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva para viabilizar a instalação a fábrica de carros elétricos chinesa BYD na Bahia.
Mas a rejeição não afeta apenas a Bahia e terá impacto na fábrica Stellantis (Fiat/Jeep) em Pernambuco, e na Caoa em Goiás, que esperavam a prorrogação de incentivos bilionários por mais sete anos. Com a rejeição os benefícios dessas empresas serão encerrados até 2026.
Em relação a BYD a rejeição pode prejudicar a decisão de investimentos, pois as planilhas de custa da empresa contavam com esse incentivo para viabilizar o projeto. Isso atrapalha os planos da BYD, mas, segundo fontes do Congresso Nacional, o governo federal e estadual e a bancada do Nordeste e do Centro Oeste vão trabalhar para modificar a PEC da reforma tributária durante a discussão no Senado.
Os deputados do Rio de Janeiro e de São Paulo foram os responsáveis pela não aprovação da medida. Segundo a imprensa, o deputado Júlio Lopes (PP-RJ) afirmou que a prorrogação era cheque dado à fabricação em Pernambuco e na Bahia e poderia submeter o Rio de Janeiro a um prejuízo grande. Já o deputado Guilherme Boulos disse que o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Paulo pediu a rejeição dos incentivos.
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